Retrospectiva 2023: 12 fatos e frases que resumem o ano na economia e no mercado
Inflação no Brasil, reforma tributária, arcabouço fiscal, Drex, China... relembre os fatos que marcaram o ano
Mais um ano chegou ao fim e diversos acontecimentos na economia e no mercado financeiro mexeram com a vida dos investidores em 2023.
A inflação no Brasil, após dois anos de implosão da meta, passou a desacelerar e vai entrar no intervalo de tolerância. As discussões sobre os juros se acirraram, mas os cortes vieram. No agronegócio, safras recordes para impulsionar a economia brasileira.
O quadro fiscal no país se acirrou com mais um ano de estouro no orçamento e desentendimentos quanto a meta de déficit zero. No entanto, o Congresso chegou num consenso e aprovou o arcabouço fiscal, medidas para aumentar a arrecadação e a Reforma Tributária.
No mercado financeiro, a perspectiva de austeridade deu força a bolsa e fez o dólar cair. Entretanto o cenário externo jogou contra, com juros altos nos Estados Unidos e uma inflação que custa a perder força no planeta.
A China enfrentou um ano em que a economia andou de lado. As guerras entre Rússia-Ucrânia e Israel-Hamas trouxeram efeitos incertos para a atividade mundial.
Na tecnologia financeira, demos passos largos rumo a eficiência que o Drex (moeda digital) pode trazer para a economia brasileira e consolidamos o PIX.
Relembre, a seguir, os doze principais fatos e frases que marcaram o ano de 2023:
1) SELIC 11,75%: “TIVE QUE ESCUTAR VÁRIAS VEZES AO LONGO DO ANO QUE OS JUROS IRIAM FAZER AS EMPRESAS QUEBRAREM E O DESEMPREGO IRIA SUBIR. NÃO ACONTECEU NADA DISSO” (Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil)
O assunto de 2023 foi quando começaria o afrouxamento monetário e até quanto seria possível baixar a taxa básica de juros brasileira. A Selic começou o ano em 13,75%, patamar estabelecido em agosto de 2022.
Nessa mesma época, as previsões para a economia eram péssimas, o país estava em expansão de gastos, diante de benefícios sociais turbinados em ano de eleições. A PEC da Transição, liberou R$ 145 bilhões ao governo e deu um alívio nas contas, mas os juros não.
A condução da política monetária pelo Banco Central (BC), com a figura do seu mandatário Roberto Campos Neto, passou a ser amplamente criticada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no decorrer do ano, com o pedido de agilidade no processo de redução da Selic.
Importante pontuar que Lula foi o primeiro presidente que não pôde realizar mudanças na diretoria do BC, por conta da autonomia aprovada pelo Congresso durante a gestão Jair Bolsonaro (PL). Campos Neto tem mandato até 2024.
Em agosto de 2023, o Comitê de Política Monetária (Copom) fez a sua primeira redução de 0,5 ponto percentual nos juros básicos. A bula foi seguida por mais quatro reuniões consecutivas, o que levou a Selic a fechar o ano em 11,75%.
A desaceleração da inflação, somada ao estabelecimento de metas para as contas públicas e a política monetária mais contracionista foram os pilares para o processo de queda da Selic. No entanto, a magnitude dos cortes não avançou, diante de uma economia resiliente e pressões externas.
2) O POUSO SUAVE DA INFLAÇÃO BRASILEIRA
Além da Selic em patamares mais restritivos, o processo de desinflação da economia brasileira em 2023 foi puxado por dois fatores:
- queda dos preços da gasolina, com o recuo das cotações internacionais do petróleo e a apreciação do real frente ao dólar;
- melhora no desempenho dos alimentos, com a supersafra no 1º semestre do ano, e dos bens industriais, especialmente de consumo duráveis.
Os preços começaram o ano com alta acumulada em 12 meses de 5,77% – bem acima da meta de 3,25% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Em novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 4,68%, na mesma base de comparação.
Os analistas acreditam que essa perda de ritmo deve se confirmar quando sair o IPCA de dezembro. Com isso, será a primeira vez em dois anos que a inflação vai ficar dentro do intervalo de tolerância da meta – que vai de 1,75% e 4,75%.
Importante ressalta que, mesmo diante dessa trajetória de desaceleração, a inflação dos serviços segue resiliente – com alta de 5,6% em 2023. Esse avanço é explicado por itens mais voláteis, como as passagens aéreas, que vem escalando com a alta na demanda.
3) QUEDA DO DESEMPREGO: “A MASSA CRESCE PORQUE TEM MAIS GENTE TRABALHANDO” (Adriana Beringuy, coordenadora da PNAD do IBGE)
A inflação menor e a melhora da economia levou a uma queda da taxa de desemprego, que saiu de 8,4% no início do ano para 7,6% no trimestre encerrado em outubro, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE.
Apesar da retração, o desemprego ainda atinge 8,3 milhões de brasileiros, menor valor em oito anos. Por outro lado, o número de trabalhadores ocupados ultrapassou os 100 milhões, maior valor da história.
A melhora do emprego foi puxada principalmente pelos brasileiros com carteira assinada, o que mostra uma melhora na qualidade das vagas. Os trabalhadores por conta própria também ajudaram, mas avançaram numa proporção menor.
Com empregos melhores e mais pessoas trabalhando, a massa de rendimento (soma dos salários recebidos pelos trabalhadores) atingiu o maior valor da história R$ 288,9 bilhões. Esse número trouxe um impacto grande para o PIB, tema do nosso próximo tópico.
4) “NÓS TRABALHAMOS PARA O PIB CRESCER E TENHO DITO AO HADDAD QUE VAMOS CRESCER MAIS QUE A ESTIMATIVA DO FMI” (Luiz Inácio Lula da Silva)
A economia brasileira trouxe surpresas positivas durante 2023, com um Produto Interno Bruto (PIB) que cresceu nos três primeiros trimestres, apesar de ir perdendo força em cada um deles.
Em janeiro, os analistas consultados pelo BC previam crescimento de 0,78% para 2023. Hoje é consenso que a alta será próxima de 3%. A guinada, acompanhada da melhora do emprego e renda, teve como protagonista a Agropecuária.
O avanço foi concentrado no 1º trimestre, com um salto de 4,2% em relação ao mesmo período de 2022. Com safra recorde, o setor Agro cresceu 22,9%.
Nos três meses seguintes, o ímpeto arrefeceu. Mesmo assim o PIB cresceu 3,5% na mesma base de comparação, ainda com destaque para o setor agrícola, mas também pela retomada dos serviços e do consumo das famílias.
No 3º trimestre, o crescimento caiu para 2% em relação a 2022, sem grandes números na agricultura. Ainda assim, a exportação e o consumo interno de bens e serviços segurou o PIB no positivo. Para o 4º trimestre, a perspectiva é mais desanimadora.
“Esse enfraquecimento reflete o aperto trazido pelos juros altos, que encarecem o crédito e pesam sobre o endividamento das famílias, desestimulando o consumo e o investimento produtivo”, explica Rachel de Sá, chefe de Economia da Rico Investimentos
5) “VAMOS CONTINUAR PERSEGUINDO A META DE DÉFICIT ZERO” (Fernado Haddad, ministro da Fazenda)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi o protagonista da economia em 2023. No seu bônus ficaram a aprovação do novo Arcabouço Fiscal e de todas as medidas pretendidas para conseguir aumentar a arrecadação e perseguir a meta de déficit zero das contas públicas em 2024.
O número um da economia, no entanto, sofreu com fogo amigo e com pressões do Congresso. O presidente Lula chegou até a desacreditar meta de déficit zero, quando disse que “dificilmente” ela será cumprida. Parlamentares da base insistiram em mudar a meta, mas Haddad venceu.
Em agosto, numa votação final, a Câmara aprovou as novas regras fiscais onde as despesas precisam crescer num ritmo menor que a arrecadação. Se os gastos ficarem dentro da meta, a alta das despesas terá um limite de 70% da arrecadação.
Dentre as medidas para aumentar a arrecadação, ministro e Congresso aprovaram:
- MP que corrige o impacto de descontos do ICMS concedidos por estados na arrecadação federal;
- Alterações no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf)
- Taxação dos fundos de investimentos no exterior e exclusivos;
- Correção dos impacto de descontos do ICMS na arrecadação;
- Diminuição de deduções fiscais em Juros Sobre Capital Próprio;
- Taxação de apostas esportivas e cassinos online.
6) “ENTREGADOS AO BRASIL UM TEXTO QUE DÊ LONGEVIDADE, SIMPLICIDADE, DESBUROCRATIZE, QUE DÊ SEGURANÇA JURÍDICA E ATRAIA INVESTIMENTOS” (Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados)
O ano de 2023 foi histórico com a aprovação e promulgação da Reforma Tributária no Congresso, após quase quatro décadas de discussões. A proposta simplifica e facilitar a cobrança dos impostos federais, estaduais e municipais com a adoção do IVA Dual.
Nessa agenda, o protagonismo ficou com o Congresso, na figura do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ele articulou a aprovação da proposta ao garantir quórum significativo e pressionar até o Senado para o tema passar.
A proposta unifica cinco tributos em dois. O IPI, Pis e Cofins se tornam a Contribuição Sobre Bens e Serviços (Federal). O ICMS e o ISS viram o Impostos Sobre Bens e Serviços (Estadual e Municipal).
Essa unificação vai de 2026 a 2033, quando os novos tributos vão estar 100% implementados. Outros pontos da reforma – como os produtos da cesta básica isenta de impostos – ainda precisam de leis complementares a serem aprovadas no Congresso.
No auge das discussões, o secretário extraordinário da Reforma Tributária no Ministério da Fazenda, Bernard Appy, concedeu uma entrevista exclusiva ao Bora Investir.
7) 2023: O ANO DOS INVESTIMENTOS
O ano dos investimentos foi bom para a renda fixa, diante dos juros ainda em patamares elevados, mas também para a variável com a melhora generalizada das expectativas para o Brasil – com a inflação em queda, níveis recordes do superávit comercial e PIB em expansão.
Em 2023, o Ibovespa caminha para ter o melhor desempenho entre os principais índices (CDI, Poupança, IPCA, CPI EUA, IGP-M) pela primeira vez desde 2019. Até o dia 22/12, a Bolsa do Brasil tinha alta acumulada de 15,6%.
Para a estrategista de Renda Variável da InvestSmart XP, Mônica Araújo, o índice deve continuar positivo em 2024 com a continuidade da redução dos juros e de suas consequências para a atividade econômica no médio e no longo prazo.
“Além disso, estamos num cenário internacional que pode contribuir positivamente para essa perspectiva, dado que a fase mais restritiva das condições financeiras implementadas pelos BC´s para reduzir a inflação parece ter ficado para trás”.
A queda dos juros e os preços controlados também levaram a um fortalecimento do real frente ao dólar. A cotação da moeda brasileira em relação a americana deve encerrar o ano próximo dos R$ 4,90.
As aplicações financeiras feitas por pessoas físicas alcançaram um volume total investido de R$ 2,4 trilhões em setembro – aumento de 20% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a B3.
O total de renda fixa somou R$ 1,9 trilhão, avanço de 23%, enquanto o de renda variável bateu R$ 507 bilhões, crescimento de 10% contra o mesmo período de 2022. Os dados não incluem o Tesouro Direto.
O número de investidores chegou a 18,1 milhões, elevação de 8% no acumulado de janeiro a setembro deste ano. Os brasileiros com investimentos de renda fixa somaram 15,6 milhões (alta de 12%), enquanto a renda variável totalizou 4,8 milhões (baixa de 3,1%).
No Tesouro Direto, o volume investido aumentou 21% nos primeiros nove meses de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022, para R$ 120,1 bilhões, e o número de investidores avançou 13%, para 2,4 milhões.
Os dois novos títulos ajudaram a atrair investidores novos. O Tesouro Renda+, lançado em janeiro de 2023 com foco na aposentadoria e o Educa+, que começou a ser vendido em agosto.
8) A BOMBA CONTÁBIL NA AMERICANAS E O VAREJO
No mundo dos negócios, o ano de 2023 começou com o rombo contábil e as dívida das Americanas que somaram mais de R$ 40 bilhões.
A queda do então presidente, Sérgio Rial, foi apenas o início de um longo processo de recuperação judicial e diversos revezes para a varejista como a suspensão da negociação de suas ações no novo mercado pela B3, corte da nota de crédito pela Fitch e demissões.
O plano de recuperação só foi aprovado por parte dos 8 mil credores em dezembro. Enquanto isso, houve diversos adiamentos de balanços como o de 2023. A Americanas teve prejuízo de R$ 6 bilhões em 2021 e R$ 12,9 bilhões em 2022.
A crise na companhia abriu a ‘Caixa de Pandora’ das varejistas brasileiras, que segundo especialistas usaram excessivamente a alavancagem (mecanismo em que a empresa usa mais dinheiro que o disponível para manter ou expandir suas operações).
“Essa é a situação que o varejo como um todo enfrentou, impactado pelo menor poder aquisitivo do consumidor, que também está altamente endividado. Isso se tornou uma espiral negativa”, afirmou Max Mustrang, sócio-fundador da Excellance.
9) TECNOLOGIAS FINANCEIRAS: O AVANÇO DO PIX E OS TESTES DO DREX
A tecnologia de pagamentos instantâneos, o nosso famoso PIX, ganhou mais notoriedade em 2023. Tanto que novas regras sobre os limites de valor para as transações foram implementadas pelo Banco Central já em janeiro.
As restituições do Imposto de Renda puderam ser recebidas via Pix, inclusive com prioridade por quem escolheu essa modalidade. Também se popularizaram formas diferentes de fazer as transações instantâneas: como o Pix Programado e o Parcelado.
No meio de 2023, foi lançada pelo BC a primeira moeda digital brasileira, batizada de Drex, que deve começar a operar nas carteiras virtuais no fim de 2024.
O Real digital é uma inovação da família Pix e deve trazer avanços em transações mais complexas – como na compra e venda de veículos e imóveis, por exemplo – além de contratos entre empresas e investimentos.
“O que tem no centro do uso do Drex é o contrato inteligente. A partir daí, todo combinado mais complexo, que eu preciso um pouco mais de detalhe, eu vou falar ‘faz um Drex’ e não ‘faz um Pix’”, explicou Rodrigoh Henriques, diretor de inovação da Fenasbac.
10) “ESTAMOS COMPROMETIDOS COM A REDUÇÃO DA INFLAÇÃO A 2% AO LONGO DO TEMPO E COM A MANUTENÇÃO DE UMA POLÍTICA RESTRITIVA ATÉ QUE ELA ESTEJA NO CAMINHO CERTO PARA ATINGIR A META” (Jerome Powell, presidente do Federal Reserve)
A principal personalidade econômica mundial em 2023 foi o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e a sua incessante luta para levar a inflação dos Estados Unidos à meta de 2% ao puxar os juros do país ao maior patamar em mais de duas décadas.
Esse aumento de juros – hoje no intervalo entre 5,25% e 5,50% ao ano – levou a quebra de dois bancos regionais nos Estados Unidos em março, o Silicon Valley Bank e Signature Bank.
Pelo lado do consumo, mesmo com a política monetária restritiva, a economia americana mostrou forte resiliência em 2023. Os salários permaneceram em alta quase todo o ano, o que pressionou a inflação e a economia. No 3º trimestre, por exemplo, o PIB dos EUA cresceu 5,2%, ritmo mais acelerado que o previsto.
Somou-se a esse cenário, o maior endividamento americano, que levou a novas emissões de dívidas e a recordes dos rendimentos (juros) das Treasuries, os títulos do Tesouro americano.
“Quando a gente olha um aumento na colocação de títulos pelo déficit americano, somado a uma redução de compra pelos asiáticos e pelo próprio BC, tem um desequilíbrio de oferta maior do que a demanda. Aí o preço cai e o juro sobe”, explicou o economista-chefe do banco Master, Paulo Gala.
O mesmo cenário de escalada da inflação, também levou o Banco Central Europeu (BCE) a elevar os juros da zona do Euro para a máxima histórica de 4% ao ano. A crise no continente também foi pressionada pela guerra entre Rússia e Ucrânia (ver mais abaixo) e pela queda do Credit Suisse, que passou para as mãos do UBS Bank em março.
11) CHINA: ECONOMIA ENFRENTOU DESAFIOS EM 2023
O aguardado ‘boom’ da economia chinesa no pós-pandemia não aconteceu. Em meio a um processo para realinhar os motores da sua atividade, pouco se avançou em relação aos seus sempre surpreendentes resultados.
O maior problema veio do mercado imobiliário, que corresponde a um quarto do PIB da segunda maior economia do planeta. Desde a pandemia, o setor sofre com a falta de confiança após uma onda de inadimplência de incorporadores que deixou dezenas de obras inacabadas.
“O saldo do pós-pandemia foi uma atividade econômica mais fraca e um setor imobiliário com problemas para honrar com suas dívidas. Esse cenário levou o Governo chinês a realizar rodadas de estímulos, para tentar acelerar a atividade e o consumo”, explica André Meirelles, diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart XP.
No 3º° trimestre de 2023, a China cresceu 4,9%, mas desacelerou em relação a alta de 6,3% no trimestre anterior. A demanda global mais fraca também explica essa perda de ritmo e a dificuldade do país voltar a engrenar.
12) GUERRAS & COMMODITIES
Os preços das commodities tiveram desempenhos mistos em 2023. A falta de tração da economia da China trouxe problemas para os exportadores do setor extrativo. Ao mesmo tempo, outro fator que acendeu o alerta ao longo do ano foi a continuidade da guerra entre Ucrânia e Rússia e o conflito entre Israel e Hamas, no Oriente Médio.
Pelo lado do primeiro conflito, a Ucrânia é um dos maiores exportadores de trigo, milho e cevada. O fim do acordo entre o país e a Rússia, que permitia o escoamento da produção de grãos, trouxe volatilidade nos preços.
Em relação a segundo, o medo de um espalhamento do conflito para outras regiões do Oriente Médio – grandes produtoras de petróleo – trouxe volatilidade para a comodity no cenário internacional. O que conseguiu segurar os preços foi a queda na demanda mundial, diante do aperto monetários na economias.
Para 2024, o olho dos analistas segue nos conflitos. Segundo cálculos do economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, as incertezas das guerras podem reduzir o crescimento do PIB global em 0,15% e elevar a inflação em 0,4%.
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